Boris Johnson acusado de desprezar vítimas da Covid-19 no Reino unido

Depois de negar ter dito que “preferia ver corpos empilhados nas ruas” a decretar novo confinamento, primeiro-ministro é acusado de nova afirmação chocante.

28 de abril de 2021 às 08:36
Johnson está no centro de várias polémicas a dias de o Partido Conservador enfrentar teste em eleições locais Foto: Reuters
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A polémica das declarações chocantes do primeiro-ministro britânico sobre a pandemia teve esta terça-feira novas revelações. Segundo o ‘The Times’, Boris Johnson terá dito que preferia deixar a Covid-19 “à solta” do que decretar um novo confinamento.

As declarações terão sido proferidas em setembro de 2020, numa reunião do governo durante a qual Johnson terá mesmo chamado “loucos” aos defensores do confinamento.

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Estas revelações surgem um dia depois de Johnson negar a veracidade de outras notícias que lhe atribuíam afirmações ainda mais chocantes. De acordo com o ‘The Daily Mail’, Dominic Cummings, antigo conselheiro de Johnson, acusou o PM de ter dito que “preferia ver milhares de corpos empilhados nas ruas” a impor novas restrições por causa da pandemia. Apesar dos desmentidos oficiais, tanto a BBC como a ITV confirmaram a notícia do ‘Mail’. Johnson terá feito a chocante afirmação em outubro, após uma reunião tensa do seu gabinete para debater um segundo confinamento.

O governo não nega as novas alegações, mas classificou-as como “distorções grosseiras” da posição de Johnson.

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Refira-se que, a dias das eleições locais de 6 de maio, Johnson está ainda envolvido noutra polémica, esta relativa a uma alegada utilização de donativos políticos ilícitos para pagar a renovação do apartamento privado do PM, no Nº 11 de Downing Street, ao lado da residência oficial.

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