Cabo Verde admite aulas aos sábados para recuperar atrasos nos conteúdos
Atividades letivas vão começar também mais cedo do que o habitual.
O ano letivo 2021/2022 em Cabo Verde arranca com aulas presenciais em 13 de setembro, mais cedo do que o habitual, menos férias e possibilidade da abertura das escolas ao sábado, para recuperar atrasos provocados pela pandemia.
"Antecipação do início das aulas, prolongamento do final do ano letivo e ainda redução das interrupções letivas. Ou seja, diminuição das férias intercalares de Natal, Carnaval e Páscoa", anunciou esta quinta-feira a ministra da Presidência do Conselho de Ministros, Filomena Gonçalves.
Em conferência de imprensa realizada na Praia, para fazer o balanço do Conselho de Ministros, que teve lugar na quarta-feira, a governante assumiu que o novo ano letivo ainda vai ser condicionado pelas medidas de prevenção à pandemia de covid-19, com aposta na "vacinação dos professores e demais funcionários afetos às escolas".
Igualmente com a "manutenção e o reforço das medidas adotadas para conter a propagação" do novo coronavírus, que já tinham sido adotadas no ano letivo anterior.
"Também se está a ponderar estender as aulas aos sábados, nos concelhos e nas escolas onde houve mais perda de conteúdos, nomeadamente no concelho da Praia, onde as aulas do ano letivo 2020/2021 tiveram início cerca de um mês e meio mais tarde do que no resto do país", apontou Filomena Gonçalves.
Devido à pandemia da covid-19, as aulas presenciais em Cabo Verde foram suspensas em março de 2020, no final do segundo período desse ano letivo (2019/2020). Foram retomadas em 01 de outubro em todo o país, e um mês depois na cidade da Praia -- que na altura registava um pico de contágios por covid-19 -, mas por três dias por semana e com horários reduzidos.
Durante a suspensão das aulas em 2020, o Ministério da Educação implementou um programa educativo denominado "Aprender e estudar em casa", aulas na televisão, na rádio e noutras plataformas.
O ano letivo de 2020/2021 arrancou em Cabo Verde com cerca de 132 mil alunos nos diferentes níveis de ensino, praticamente o mesmo número do ano anterior, nomeadamente 20 mil alunos no pré-escolar, 80 mil no ensino básico (1.º ao 8.º ano) e os restantes no ensino secundário (9.º ao 12.º ano).
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