Candidatura de Lula da Silva contestada no Brasil
Vaga de pedidos de impugnação um dia após registo oficial.
Apenas um dia depois de ter sido registada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a candidatura presidencial de Lula da Silva já enfrentava ontem uma vaga de pedidos de impugnação. Esta quinta-feira começou a campanha eleitoral para as presidenciais e legislativas, que terão a primeira volta a 7 de outubro.
O primeiro pedido foi instaurado pelo grupo conservador Movimento Brasil Livre poucos minutos após o registo de Lula, seguido de outros, até do ator de filmes porno Alexandre Frota. Logo na quarta-feira foi instaurado o mais consistente, da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que espantou pela rapidez, pois o prazo para contestar candidaturas só começa hoje, com a divulgação dos candidatos.
Dodge sustenta que Lula, por ter sido condenado em segunda instância, é inelegível por causa da Lei da Ficha Limpa, que impede candidatos com sentença confirmada por tribunal colegiado. E a PGR vai mais longe e pede ao TSE que Lula seja impedido de fazer campanha até serem julgados os recursos que interpôs contra a condenação.
O PT defende que Lula, apesar de detido desde abril, pode ser candidato com uma autorização temporária da Justiça até que sejam julgados os recursos que interpôs contra a condenação, já que pode ser ilibado nos tribunais superiores.
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