Catalunha não desiste de governo à distância
Reforma legislativa permite a Puigdemont governar fora de Espanha.
O parlamento da Catalunha ignorou o Tribunal Constitucional e aprovou esta sexta-feira uma reforma legislativa que permite a Carles Puigdemont exercer funções à distância. Mariano Rajoy já iniciou os procedimentos legais junto do Supremo Tribunal para anular a mudança na lei.
A medida aprovada por maioria no parlamento catalão permitiria a investidura de Puigdedemont, que está na Alemanha, através de videoconferência, o que implicaria uma governação à distância e fora de território espanhol. A investidura dos restantes membros do governo regional também se concretizaria por videoconferência.
Contudo, o Governo de Mariano Rajoy já anunciou que está a seguir os procedimentos legais junto do Supremo Tribunal para anular a reforma legislativa. A medida foi anunciada por Íñigo Méndes, porta-voz do Governo espanhol, em Vigo, depois da reunião do Conselho de Ministros.
O deputado republicano Antoni Castellà explicou que, ainda que a norma não se venha a aplicar, "põe em clara evidência" que o parlamento catalão não respeita o resultado das eleições de 21 de dezembro.
A nova lei foi aprovada por 70 votos a favor e 64 votos contra. A favor mostraram-se os partidos independentistas Juntos pela Catalunha, Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) e Candidatura de Unidade Popular (CUP).
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt