China enfrenta Donald Trump
Pequim responde a Washington da mesma moeda. Novas taxas entram em vigor já este sábado.
A China decidiu aumentar as tarifas aduaneiras sobre os produtor norte-americanos, passando de 84% para 125%. A medida entra em vigor já este sábado e é a resposta de Pequim à decisão da administração Trump que, quarta-feira, aplicou “com efeitos imediatos” tarifas de 145% aos produtos importados da China, ao mesmo tempo que anunciava a suspensão, por 90 dias, de grande parte dessas taxas aplicadas a 75 países. “A imposição de tarifas anormalmente altas pelos EUA à China viola seriamente as regras do comércio internacional, as leis económicas básicas e o bom senso, além de ser uma forma de intimidação e coerção unilateral”, justificou o Ministério das Finanças chinês. Segundo a imprensa oficial chinesa, o facto de o país ter diversificado, nos últimos anos, as suas exportações coloca-o menos vulnerável à guerra comercial declarada por Donald Trump.
Esse é, também, o objetivo da União Europeia, apostar em novos mercados, ao mesmo tempo que deixa uma aviso a Washington: a UE está disposta a trabalhar com os EUA no sentido de “soluções mutuamente aceitáveis”, mas se tal não acontecer, “não hesitará em defender a sua economia e as suas empresas”, avisa o comissário europeu da Economia, Dombrovskis. Segundo a Comissão Europeias, o impacto das ‘tarifas Trump’ no PIB seria de 0,6% na UE até 2027. Mas, ainda de acordo com o órgão executivo da União Europeia, nos EUA o impacto seria cinco vezes superior.
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