China quer aprofundar relações com Europa central e de leste e fortalecer UE
Primeiro-ministro chinês assegurou que Pequim não pretende dividir a União Europeia.
A China propôs este sábado aos líderes de 16 países da Europa central e de leste o aprofundamento das relações comerciais, assegurando que Pequim não procura dividir a União Europeia (UE), que considera um aliado fundamental.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, participou este sábado na capital búlgara na chamada cimeira 16+1, entre Pequim e países da Europa central e de leste, uma reunião anual que em edições passadas suscitou suspeitas de Bruxelas.
A China prometeu nestes encontros investimentos milionários em projetos de infraestruturas na região, como parte da estratégia "New Silk Routes" (novas rotas da seda), de criação de novos mercados de exportação.
O primeiro-ministro, cujo país precisa do apoio da União Europeia (UE) nas suas "batalhas" comerciais com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sublinhou o apoio da China à integração europeia e ao respeito pelas normas comunitárias.
O responsável salientou que aqueles que pensam que Pequim procura dividir e enfraquecer a UE estão enganados.
"Queremos ter uma Europa unida e estável que seja nossa parceira num mundo multipolar, espero que continuemos a desfrutar de sucesso e paz juntos", disse Li aos jornalistas antes do encerramento da reunião, acrescentando: "Acreditamos que nos podemos complementar".
O líder chinês afirmou também que a China considera positivo que mais Estados da Europa de leste entrem para a UE.
Aos jornalistas disse ainda que a China vai abrir mais o mercado para importar produtos da região e assim impulsionar o desenvolvimento da Europa oriental.
A China reuniu-se em Sófia com líderes de 16 Estados da região, dos quais 11 fazem parte da UE.
Embora o investimento da China na região seja inferior a 4% do total, aumentou significativamente nos últimos anos e Pequim também concedeu empréstimos para modernizar antigas infraestruturas, como estradas e caminhos de ferro.
O primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borisov, anfitrião da reunião, corroborou que o objetivo não é dividir a UE mas ajudar a Europa de leste e os Balcãs a modernizarem-se.
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