China recomenda cautela aos chineses na Coreia do Sul após lei marcial

Líder da oposição considera decreto lei uma decisão ilegal e apelou para uma manifestação da população junto ao parlamento.

03 de dezembro de 2024 às 16:33
Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol Foto: REUTERS
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A embaixada da China em Seul recomendou esta terça-feira cautela aos chineses que residem na Coreia do Sul na sequência da imposição da lei marcial no país asiático.

A embaixada "aconselha os cidadãos chineses na Coreia do Sul a manterem a calma", disse a representação diplomática de Pequim num comunicado citado pela agência francesa AFP.

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A embaixada recomendou aos chineses para "aumentarem a vigilância de segurança, limitarem as saídas desnecessárias e terem cuidado ao expressarem opiniões políticas".

O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, do partido Poder Popular, declarou esta terça-feira a lei marcial no contexto de um debate parlamentar sobre o orçamento do Estado.

O líder da oposição e do Partido Democrático, Lee Jae-myung, considerou a decisão ilegal e apelou para uma manifestação da população junto do parlamento.

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O Partido Democrático enviou mensagens de texto aos seus militantes a apelar para a participação no protesto, segundo a agência sul-coreana Yonhap.

O Presidente da República disse que decretou a lei marcial para "proteger a Coreia do Sul liberal das ameaças das forças comunistas norte-coreanas e eliminar os elementos hostis ao Estado".

Todas as atividades políticas foram proibidas e os meios de comunicação social foram colocados sob vigilância governamental, declarou o chefe do exército, Park An-su, em comunicado.

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Helicópteros aterraram no telhado do parlamento em Seul, de acordo com imagens transmitidas em direto pelas estações de televisão.

As televisões mostraram também centenas de pessoas a dirigirem-se para a frente do parlamento na madrugada de quarta-feira (hora local, mais nove horas em relação a Lisboa) para protestar contra a imposição da lei marcial.

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