China tenta acabar com comércio de animais selvagens mas mercados continuam abertos
Tradição com décadas difícil de acabar apesar das restrições.
A suspeita de que a pandemia de coronavírus tenha começado num mercado de animais selvagens em Wuhan forlçou o governo chinês a reprimir um dos comércios mais antigos e lucrativos do país. No entanto, a decisão não está a ser acatada por todos.
O mercado de Frutos do Mar de Wuhan foi encerrado no dia 1 de janeiro após vários dos seus clientes terem adoecido e, mais tarde, ficou a saber-se que estavam infetados com coronavírus. Na altura, para o resto do mundo, este ttipo de vírus ainda não representava a ameaça que todos conhecemos atualmente.
A placa que adornava a entrada do mercado, também foi removida. Esta semana, muitos trabalhadores na China começam lentamente a regressar àquele que é o novo normal, no entanto, os empresários deste mercado procuram voltar ao ativo mas, para isso, terão de pedir autorização ao governo.
"Será impossível que essas empresas obtenham a aprovação do governo", disse 'Michael', um dos empresários que possuía uma banca de fruta a alguns quarteirões do Mercado de Frutos do Mar de Wuhan.
Em março, Pequim proibiu rigorosamente a criação e o consumo de animais selvagens, para impedir que outro surto acontecesse. Essa foi uma orientação geral emitida pelo governo central.
Várias outras províncias seguiram o exemplo, e o centro industrial do sul de Shenzhen anunciou a proibição da venda e consumo de carne de cão e gato, tornando-se a primeira cidade chinesa a fazê-lo.
No entanto, tudo indica, segundo várias denúncias citadas pelo The Independent, que as atividades comerciais ilícitas de animais selvagens continuem a abrir portas em mercados públicos de algumas zonas de China.
O Mail on Sunday avançou ao início desta semana que milhares de clientes inundaram um mercado interno na cidade de Guilin, no sudoeste da China, onde cães e gatos vivos eram amontoados em gaiolas e morcegos e escorpiões estavam em exibição.
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