Cientistas criam teste sanguíneo que permite detetar precocemente doença de Parkinson

"Teste oferece uma ferramenta de diagnóstico preciso, não invasivo, rápido e acessível", refere a Universidade Hebraica de Jerusalém, que liderou o trabalho.

11 de abril de 2025 às 10:17
cientistas Foto: Reuters
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Cientistas desenvolveram em Israel um teste sanguíneo simples e económico capaz de detetar a doença de Parkinson antes do aparecimento de sintomas, foi esta sexta-feira divulgado.

Em comunicado, a Universidade Hebraica de Jerusalém, que liderou o trabalho, refere que o teste "quantifica fragmentos específicos de ARN [molécula] no sangue, concentrando-se numa sequência repetitiva de ARN que se acumula nos doentes de Parkinson e num declínio do ARN mitocondrial, que se agrava à medida que a doença progride".

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Segundo a universidade, "ao medir a proporção entre estes biomarcadores, o teste oferece uma ferramenta de diagnóstico preciso, não invasivo, rápido e acessível", potenciando "intervenções e tratamentos precoces que podem alterar o curso da doença".

A equipa de cientistas envolvida assegura que o novo teste consegue distinguir os doentes de Parkinson pré-sintomáticos das pessoas saudáveis com uma precisão que supera a das ferramentas de diagnóstico atuais.

Os resultados do trabalho foram descritos na publicação científica Aging Nature.

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A doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa que afeta o controlo dos movimentos e não tem cura.

Os tratamentos atuais, como medicamentos ou a cirurgia de estimulação cerebral, ajudam a melhorar os sintomas.

Os sintomas motores, como tremores, rigidez, dificuldade em andar e lentidão dos movimentos, ocorrem com a morte de células no cérebro.

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O diagnóstico da doença é feito com base na análise de sintomas.

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