Cinco polícias militares brasileiros presos suspeitos de crimes durante megaoperação que fez 122 mortos
Uma das acusações é o furto de armas que seriam posteriormente revendidas a traficantes.
Cinco polícias militares foram detidos esta sexta-feira, no Brasil, suspeitos de cometerem crimes durante a megaoperação de há um mês contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, que terminou com 122 mortos nos complexos da Penha e do Alemão.
De acordo com o jornal O Globo, uma das acusações é o furto de uma arma de longo alcance. Ao todo estão a ser investigados 10 militares.
Com recurso a imagens das câmaras corporais dos militares durante a operação, foi possível ver pelo menos um agente a desmontar e a guardar uma arma que seria posteriormente revendida a traficantes.
"O comando da corporação reitera que não compactua com possíveis desvios de conduta ou crimes praticados pelos seus agentes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos", podia ler-se num comunicado da polícia militar.
"Os indícios revelados pelas câmaras corporais, incluindo o furto de uma arma possivelmente destinada à revenda para criminosos, segundo as investigações, apenas confirmam o que a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania alertava desde aquela manhã sangrenta: além do número inaceitável de mortes, a operação foi marcada por graves violações e por práticas incompatíveis com qualquer política de segurança pública responsável", acusou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDHC).
A megaoperação de 28 de outubro mobilizou efetivos das polícias Civil e Militar e gerou várias críticas de entidades de direitos humanos e de moradores devido ao elevado número de mortos.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt