“Combate deve ser feito pelos moçambicanos”, diz presidente do país sobre violência em Cabo Delgado
Filipe Nyusi avança, no entanto, que necessidade de ajuda internacional na luta contra terrorismo está a ser avaliada.
O presidente moçambicano Filipe Nyusi rejeitou esta quarta-feira um envolvimento direto da comunidade internacional no combate aos grupos islâmicos armados que há mais de três anos semeiam a violência na província de Cabo Delgado, afirmando que cabe aos moçambicanos combaterem o terrorismo no seu território.
“O nosso governo já manifestou perante a comunidade internacional as necessidades para o combate ao terrorismo e estas necessidades estão a ser avaliadas”, disse esta quarta-feira Nyusi em Maputo, adiantando que o executivo e os parceiros internacionais estão a fazer o levantamento das “carências” do país na luta contra o terrorismo internacional, mas frisou que essa frente deve ser liderada pelos moçambicanos, no respeito pela soberania do país. “Não é orgulho vazio, é sentido de soberania”, sublinhou.
Recorde-se que o Estado moçambicano tem sido acusado de não fazer o suficiente para travar a violência no norte do país. As críticas aumentaram após o ataque à vila de Palma, há duas semanas, que fez dezenas de mortos, incluindo estrangeiros, e milhares de deslocados.
Nyusi confirmou que Palma voltou totalmente ao controlo das forças governamentais, que agora estão a perseguir os jihadistas.“Os terroristas foram expulsos de Palma. Não pretendemos proclamar vitória, porque estamos a lutar contra o terrorismo, mas temos a certeza de que se estivermos unidos, venceremos”, afirmou o presidente moçambicano.
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