Cometa Lemmon: visitante cósmico volta após 15 mil anos

Tem o nome técnico de C/2025 A6, mas é tratado como Cometa Lemmon, por ter sido detetado pelo Observatório do Monte Lemmon, no Arizona, EUA no início deste ano. E a última vez que passou tão próximo da Terra, estima-se, foi há cerca de 15 mil anos. Agora está de volta para um espetáculo celeste que dura várias semanas e será visível a olho nu nos céus de Portugal, caso as nuvens o permitam. 

Esta terça-feira passa no ponto mais próximo da Terra e estará a 'apenas' 90 milhões de quilómetros, uma espécie de 'mesmo aqui ao lado' em termos astronómicos . Ainda assim, não representa qualquer perigo para o planeta.

Segundo os especialistas, esta bola de gelo, poeiras e minerais que datam da origem do Sistema Solar e apresenta uma cor verde-esmeralda devido à presença de carbono diatómico (C2), será visível no horizonte logo a seguir ao por do sol. O conselho é olhar na direção Oeste-Sudoeste a partir das 19 horas de Portugal e afastar-se das luzes das cidades. Locais rurais, praias escuras e áreas montanhosas oferecem as melhores condições de céu escuro. Recomenda-se a utilização de aplicações de astronomia para saber a localização exata e em tempo real e, se possível, binóculos ou pequenos telescópios para ver melhor a cabeleira e a cauda deste cometa na sua viagem orbital. 

O fenómeno prolonga-se até meados de novembro e apesar de a maior proximidade da terra se registara esta terça-feira, será mais visível a de 31 de outubro, a noite de Halloween.