Comissões financiam separatistas catalães
Partido de Artur Mas nega ilegalidade.
Várias empresas de construção civil catalãs investigadas por suspeita de pagarem comissões ilegais em troca de contratos públicos doaram milhões de euros a quatro fundações políticas ligadas à CDC, de Artur Mas, revela um relatório da Guardia Civil.Em comunicado, a CDC reiterou ontem que as doações referidas "são todas legais" e garantiu que as suas fundações "estão todas auditadas e transparentes". "São doações realizadas de forma voluntária por motivos de afinidade ideológica e apoio ao projeto político, não tem nada a ver com a adjudicação de contratos públicos", esclareceu o partido.
De acordo com o documento, esta terça-feira revelado pelo jornal ‘El Mundo’, as construtoras Teyco, Copisa e Grupo Soler doaram, entre 2008 e 2014, pelo menos 2,2 milhões de euros às fundações CatDem, Fòrum Barcelona, Òmnium Cultural e Nous Catalans, todas ligadas ao partido Convergência Democrática da Catalunha (CDC) e que durante anos lideraram a campanha pela independência.
As doações foram todas devidamente registadas pela Administração Tributária e não encerram, em si, qualquer ilegalidade. A polícia acredita, no entanto, que as doações não passam de comissões encobertas - os famosos 3% - em troca da concessão de contratos públicos pela Generalitat. Uma prática que se institucionalizou quando Jordi Pujol liderou o governo catalão e que prosseguiu com o seu ‘herdeiro’ Artur Mas.
Em comunicado, a CDC reiterou ontem que as doações referidas "são todas legais" e garantiu que as suas fundações "estão todas auditadas e transparentes". "São doações realizadas de forma voluntária por motivos de afinidade ideológica e apoio ao projeto político, não tem nada a ver com a adjudicação de contratos públicos", esclareceu o partido.
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