Crianças encontradas carbonizadas em Bahia foram queimadas vivas

Das três crianças, duas delas tinham um grau avançado de Síndrome de Down.

Cidade de Mata de São João Foto: Google Street View
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As três crianças (a informação inicial era de que seriam cinco, mas foi corrigida) assassinadas na chacina que matou nove pessoas na manhã desta segunda-feira, 28 de Agosto, na cidade de Mata de São João, no estado brasileiro da Bahia, foram queimadas vivas pelo incêndio ateado pelos criminosos após a matança dos adultos.

A informação, não confirmada oficialmente ainda, foi avançada por agentes da polícia baiana que estiveram no local da matança, no bairro Núcleo Colonial JK, na área rural da cidade, que fica a 62 km de Salvador, a capital estadual.

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Provavelmente, os assassinos, que atearam fogo à residência após executarem dois homens e duas mulheres a tiro, mas pouparam as três crianças que estavam no local, não sabiam que os menores possuíam deficiência cognitiva que também lhes limitava a mobilidade, o que, além da pouca idade, os impediria de fugir.

Por isso as três crianças, duas delas com um grau avançado de Síndrome de Down, foram encontradas carbonizadas mas sem marcas de tiro ou de qualquer outra violência, inferindo os agentes que estiveram no local que elas só morreram por não terem conseguido fugir e escapar às labaredas e ao fumo que tomou conta do imóvel.

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De acordo com vizinhos da mesma rua, os assassinos chegaram ao local ao amanhecer à procura de um homem, conhecido como Preá, alegadamente envolvido com o tráfico de droga, e crivaram-no de balas, matando ainda o outro homem e as duas mulheres que estavam na casa, poupando no entanto as crianças.

As outras duas vítimas fatais da ação criminosa, duas mulheres que viviam na casa ao lado, asseguram vizinhos, não tinham qualquer ligação com o mundo do crime, tendo sido mortas porque se assustaram ao serem acordadas com o estrondo das detonações, saíram da casa delas a correr e a gritar e foram alvejadas ao dar de frente com os assassinos.

Ainda é cedo para a polícia da Bahia ter certezas, mas, em princípio, os autores da chacina pertencem a uma fação criminosa chamada "Bonde do Maluco", a mais sanguinária da Bahia. Preá, sempre de acordo com o que já foi apurado, pertencia a uma fação rival que disputa o controlo do tráfico de droga na região, todos os outros adultos foram mortos como queima de arquivo, e a morte das três crianças foi uma fatalidade

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