Recorde o acidente brutal de Santiago de Compostela

Descarrilamento de comboio de alta velocidade em 2013 fez 79 mortos.

25 de julho de 2013 às 14:31
descarrilamento, santiago de compostela, morte, óbito, acidente, espanha Foto: EPA
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O comboio 151 Alvia, que estabelecia a ligação Madrid-Chamartín-Ferrol, descarrilou. De acordo com informações divulgadas nos órgãos de comunicação social espanhóis, no momento do acidente o comboio de alta velocidade circulava a 190 km/h numa zona onde a velocidade permitida é de 80 km/h.

No entanto, as causas que levaram à tragédia estão ainda por apurar, tendo o Ministério do Interior descartado desde logo a hipótese de atentado.

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O Ministério Público espanhol decidiu constituir como arguido um dos dois maquinistas do comboio, na tentativa de apurar responsabilidades o mais rápido possível. O jornal 'El Mundo' cita uma fonte da empresa ferroviária encarregue da manutenção da linha que diz que o maquinista operava naquele percurso "há mais de um ano".

As últimas informaçoes oficiais apontam para 80 mortos resultantes do acidente e cerca de 170 feridos, 36 dos quais (32 adultos e quatro crianças) em estado crítico, sendo previsível que os números da tragédia aumentem nas próximas horas. A Junta da Galiza decretou sete dias de luto. O primeiro-ministro espanhol Rajoy tomou medida semelhante e decretou três dias de luto nacional.

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Fontes do complexo hospitalar universitário de Santiago de Compostela disse à agência EFE que o número de feridos atendidos nas suas instalações é de pelo menos 173. A maioria das vítimas são peregrinos e estão em estado considerado grave.

O balanço final do número de vítimas pode vir a aumentar atendendo a que muitos dos feridos estão eme stado considerado grave, após terem sido retirados dos destroços das 13 carruagens

O acidente, o mais grave da história ferroviária espanhola dos últimos 40 anos, é também o primeiro numa linha de alta velocidade. A tragédia correu no primeiro dia da 'ponte' do Dia da Galiza e horas antes da grande festa de Santiago de Compostela, que foi entretanto suspensa.

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Fontes citadas pelos media espanhóis indicam que a curva onde ocorreu o acidente, muito apertada, tinha sido referida como "difícil" por vários técnicos dos caminhos de ferro.

De acordo com informação avançada por fontes da Renfe (Rede Nacional de Caminhos de Ferro Espanhóis) citadas pela agência EFE, na altura do acidente o comboio circulava a alta velocidade e estava atrasado cinco minutos em relação ao seu horário.

As autoridades espanholas estão a divulgar um número de telefone para o qual os familiares dos passageiros do comboio acidentado poderem ligar para obter informações: 981 551 100.

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ENCONTRADA CAIXA NEGRA

O juiz encarregado de investigar o acidente ferroviário ocorrido ontem à noite em Santiago de Compostela Já recebeu a caixa negra do comboio para determinar as causas do acidente, revelou uma fonte da transportadora.

Entretanto, fontes da investigação informaram que o condutor que conduzia o comboio no momento do acidente reconheceu que seguia a uma velocidade de cerca de 190 Km/h numa zona que estava limitada a 80 Km/h.

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A polícia e os técnicos ferroviários estão desde a noite de ontem a investigar as causas do acidente, sendo que o presidente da Renfe, Julio Gómez-Pomar Rodríguez, confirmou que a linha ferroviária onde ocorreu o acidente tem um sistema de segurança e que o comboio acidentado tinha sido sujeito a uma revisão na quarta-feira de manhã.

BARROSO E CAVACO ENVIAM CONDOLÊNCIAS

Durão Barroso enviou esta quinta-feira uma mensagem de condolências ao chefe do Governo espanhol, na qual expressa a sua "profunda tristeza pelo terrível acidente de comboio" que ocorreu na noite passada muito perto de Santiago de Compostela.

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"Em meu nome e em nome de toda a Comissão, faço-te chegar os nossos mais sentidos pêsames, assim como toda a nossa solidariedade e apoio às famílias dos falecidos e aos feridos", conclui o presidente da COmissão Europeia na mensagem enviada a Rajoy

Também o Presidente da República de Portugal já fez chegar o seu pesar aos líderes espanhóis. Numa mensagem de condolências enviada a Juan Carlos, a quem se dirige como "Majestade, Caro Amigo", Cavaco Silva pede ao rei de Espanha que transmita às famílias das vítimas as "sinceras condolências" dos portugueses.

"Neste momento difícil, o nosso pensamento está com todos aqueles que foram atingidos e, em particular, com quantos sofreram a dor de perdas humanas", diz o chefe de Estado, que afirma ter recebido a notícia do acidente "com a mais profunda consternação".

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