Dezenas de mulheres violadas e queimadas na República Democrática do Congo

Mais de 150 vítimas abusadas e mortas durante fuga em massa de criminosos de uma prisão. Fugitivos incendiaram a área reservada à mulheres.

07 de fevereiro de 2025 às 01:30
Rebeldes do M23 tomaram Goma na semana passada Foto: Daniel Irungu/Lusa
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Dezenas de mulheres foram violadas e queimadas até à morte após a fuga de milhares de criminosos da prisão de Munzenze, na cidade de Goma, na República Democrática do Congo.

Tudo aconteceu a 27 de janeiro, quando mais de quatro mil presos fugiram da cadeia aproveitando o caos que se seguiu à tomada da cidade pelo grupo rebelde M23, apoiado pelo Ruanda.

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Segundo a ONU, enquanto milhares de homens conseguiram escapar da prisão, alguns invadiram a área reservada às mulheres, onde estavam 165 reclusas. Quase todas foram violadas e a grande maioria morreu no incêndio que se seguiu, ateado pelos reclusos em fuga.

“Apenas 9 a 13 reclusas, todas elas também violadas, terão sobrevivido ao incêndio”, disse o porta-voz do gabinete dos Direitos Humanos da ONU. O Governo congolês condenou “com a maior energia este crime bárbaro”.

Os intensos combates entre os rebeldes do M23 apoiados pelo Exército do Ruanda e as forças armadas congolesas provocaram a morte de pelo menos 2900 pessoas na última semana, apesar do cessar-fogo anunciado pelo grupo rebelde. “Nos últimos dias, 2000 corpos foram recuperados das ruas de Goma e 900 estão na morgue”, disse a vice-chefe da missão das Nações Unidas na RD Congo.

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