Dilma Rousseff nega mudanças no governo
A presidente brasileira, Dilma Rousseff, negou que esteja a pensar fazer trocas de ministros no seu governo.
Num curto comunicado emitido ao final da tarde de sábado, Dilma classificou como especulações os rumores de que iria reduzir o número de ministérios e trocar alguns ministros que ocupam pastas chave, como a Economia.
“Não procedem as especulações de mudanças ministeriais”, refere o comunicado da presidência da República, que tenta pôr cobro à expectativa de que a chefe de Estado faria uma reforma ministerial como forma de responder aos protestos de rua, que há um mês exigem mudanças de rumo e melhorias no país. Noutro trecho do comunicado, Dilma afirma que o que espera é “empenho e determinação” dos atuais ministros para manter o Brasil no que ela classifica como o “caminho do crescimento”.
Dilma tem enfrentado pressões cada vez mais fortes para reduzir o número de ministérios, nada menos que 39, entre ministérios e outros órgãos com o mesmo estatuto, e para trocar ministros que já estão extremamente desgastados. Um dos nomes que até aliados gostariam que deixasse o governo é Guido Mantega, titular da pasta da Economia, que apesar de o Brasil estar estagnado há anos e enfrentar atualmente um forte risco de crise grave, continua a esbanjar otimismo e a afirmar que o país é um exemplo de pujança para o mundo.
Essa não é, no entanto, a opinião de outros aliados de Dilma. Terça-feira, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do vice-presidente da República, Michel Temer, pediu a Dilma para reduzir o número de ministérios, como forma de mostrar empenho no corte de gastos públicos, e sugeriu a troca de ministros, sem citar nomes.
Há dias, outro aliado, Renan Calheiros, presidente do Senado, defendeu que o Parlamento receberia com bons olhos um pedido de Dilma para diminuir o número de pastas. E fontes ligadas ao ex-presidente Lula da Silva, mentor e padrinho político de Dilma, têm confidenciado que ele também está a pressionar para a sua sucessora diminuir o tamanho do aparelho governativo e trocar rapidamente ministros.
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