Dinamarca multa primeira mulher por usar véu islâmico
Proibição foi aprovada no dia 31 de maio.
As autoridades dinamarquesas aplicaram a primeira multa por uso de véu islâmico em espaços públicos. A lei entrou em vigor na quarta-feira e o episódio aconteceu dois dias depois num centro comercial de Horsholm. Uma mulher de 28 anos acabou a ser multada em 134 euros (mil coroas dinamarquesas) e preferiu deixar o local a retirar o niqab.
De acordo com a imprensa dinamarquesa, a polícia agiu quando foi chamada ao local devido a um confronto entre duas mulheres: a jovem que acabou por ser multada e uma outra que exigia que esta retirasse o véu, tendo recorrido à força. Durante a luta, explicou a polícia à Ritzau, o niqab chegou a cair, mas a mulher rapidamente o voltou a colocar.
A polícia fotografou a jovem a usar o véu islâmico e pediu acesso às imagens de vigilância do espaço comercial para serem usadas como prova. As autoridades explicaram-lhe também que a multa seria enviada pelos correios.
Aprovada pelo parlamento dinamarquês no dia 31 de Maio, a lei proibe o uso de burqa e niqab em espaços públicos, à semelhança do que já aconteceu noutros países europeus como a França e a Bélgica.
Deste modo, quem utilizar peças de roupa ou acessórios - como balaclavas, capacetes ou barbas falsas - que impossibilitem o reconhecimento de uma pessoa, fica sujeito a uma multa mínima de mil coroas dinamarquesas (cerca de 134 euros).
Em caso de reincidência, a multa pode chegar às 10 mil coroas dinamarquesas (cerca de 1.340 euros).
Não há números oficiais que apontem para o número de mulheres que utilizam véu integral islâmico na Dinamarca. De acordo com a lei, funcionários públicos e funcionários como juízes e soldados devem ter a suas caras destapadas.
A lei salvaguarda que os objectos podem ser usados em situações necessárias - como no caso dos capacetes - para o cumprimento de outras leis.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt