Dirigente separatista da Catalunha fugiu para a Suíça

Anna Gabriel é acusada de sedição e rebelião e ia ser ouvida esta quarta-feira no Supremo Tribunal.

21 de fevereiro de 2018 às 01:30
Anna Gabriel seguiu o exemplo de Carles Puigdemont e deixou a Catalunha para fugir à Justiça espanhola Foto: Reuters
Espanha, Carles Puigdemont, Tribunal Constitucional, Bruxelas, Parlamento, Catalunha, Madrid, política, governo Foto: Reuters

1/2

Partilhar

A ex-deputada independentista catalã Anna Gabriel, uma das principais impulsionadoras do referendo ilegal de outubro, está refugiada na Suíça e não vai estar presente, esta quarta-feira, no Supremo Tribunal espanhol, onde seria ouvida pelos crimes de rebelião e sedição.

Em entrevista ao jornal suíço ‘Le Temps’, Gabriel justificou a decisão de procurar refúgio na Suíça com a "impossibilidade de ter um julgamento justo" em Espanha. "Estou a ser perseguida por causa da minha atividade política e a imprensa do governo já me condenou", afirmou a dirigente do partido independentista radical Candidatura de Unidade Popular (CUP), que sustentou a maioria separatista no anterior Parlamento.

Pub

Anna Gabriel, de 42 anos, junta-se assim no exílio a Carles Puigdemont e a outros quatro ex-conselheiros do anterior governo, que se encontram refugiados em Bruxelas.

A ex-deputada da CUP, que foi um dos rostos do referendo de outubro, defendeu que será mais útil ao movimento separatista no exílio do que "atrás das grades", e disse ter escolhido a Suíça porque o país não aceita extraditar pessoas alvo de perseguição política. Admitiu ainda solicitar asilo político formal se Espanha pedir a sua extradição.

Pub

PORMENORES

Advogado da ETA

Anna Gabriel contratou o advogado suíço Olivier Peter, que ficou conhecido por defender a terrorista da ETA Nekane Txapartegi, detida em 2016 em Zurique."Acreditamos que as autoridades suíças se neguem a legitimar a prisão de deputados por defenderem o direito ao voto", disse esta terça-feira o advogado.

Pub

Fiança para Artur Mas

O antigo presidente da Generalitat Artur Mas ficou esta terça-feira em liberdade mediante o pagamento de uma fiança de 60 mil euros, após ter dito no Supremo Tribunal que a declaração de independência foi "simbólica".

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar