Disparar uma arma tornou-se um luxo. Crise na Venezuela chega aos criminosos

Gangster venezuelano relata que balas estão demasiado caras.

28 de maio de 2019 às 18:09
Homem armado na Venezuela Foto: Getty Images
Homem armado na Venezuela Foto: Getty Images
Homem armado na Venezuela Foto: Getty Images

1/3

Partilhar

Um dos mais temidos gangster venezuelanos, El Negrito, dorme com a pistola debaixo da almofada e já perdeu a conta do número de pessoas que assassinou. No entanto, apesar desta reputação de grupo perigoso, El Negrito enfrenta um problema que chegou com a crise na Venezuela. 

Segundo a agência Associated Press, disparar uma arma na Venezuela tornou-se um luxo. As balas custam agora 1 dólar (cerca de 90 cêntimos) cada e tornaram-se demasiado dispendiosas.

Pub

El Negrito revela que atualmente os roubos que levam a cabo não pagam aquilo que costumavam fazer: "Se perdes a tua pistola ou a polícia apreende, deitas fora 800 dólares (o equivalente a 716 euros)".Inesperadamente, e apesar da crise económica que se vive naquele país, os ataques armados e homicídios estão a diminuir substancialmente numa das nações mais violentas do Mundo.Devido à crise vivida naquele país o crime mudou. Os roubos na rua, roubo de fios telefónicos de cobre ou de gado estão a crescer cada vez mais e o tráfico de drogas e mineração ilegal de ouro tornaram-se atividades padrão para o crime organizado. 

"Hoje em dia, ninguém está bem - não são cidadãos honestos que produzem riqueza ou os criminosos que os atacam", conta El Negrito à agência Associated Press. Atualmente o país vive numa crise política, económica e social com Juan Guaidó e Nicolás Maduro a lutar pelo poder.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar