Distúrbios vão ser alvo de acusação de sedição na Catalunha
Justiça vai acusar manifestantes que ameaçaram polícias espanhóis em Barcelona.
O Ministério Público espanhol avançou com um processo por sedição contra os manifestantes que na noite de dia 21 para 22 cercaram agentes da Guardia Civil e funcionários judiciais na Secretaria de Economia Regional, em Barcelona, vandalizando carros da polícia.
A acusação refere que as mais de quatro centenas de manifestantes integravam um dispositivo organizado, com a colaboração das autoridades catalãs, que tentou "impedir pela força a atuação das autoridades no exercício das suas funções".
Os guardias civis integravam a chamada Operação Anubis, que levou à detenção de 14 responsáveis catalães por delitos relacionados com a organização do referendo separatista de 1 de outubro e apreendidos milhões de boletins de voto.
O governo catalão anunciou, entretanto, novas medidas para contornar o bloqueio legal ao referendo e pondera usar 80 centros de cuidados primários de saúde como centros de votação.
O governo de Carles Puigdemont dissolveu também a junta eleitoral do referendo a fim de evitar multas de 12 mil euros diários aos que a integravam. As funções da junta deverão ser entregues a entidades públicas e a observadores internacionais.
PORMENORES
Universidade ocupada
Cerca de três mil alunos ocuparam ontem o edifício histórico da Universidade de Barcelona em defesa do referendo.
Milhares de polícias
O governo espanhol anunciou o envio de seis mil polícias para reforçar as operações de segurança dos Mossos de Esquadra, força policial da Catalunha.
Afastado para fugir a multa
O secretário-geral de Economia catalão, Josep Maria Jové, foi destituído para escapar a multa de 12 mil euros diários que lhe seria aplicada como organizador do referendo separatista.
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