Drama no Senado

O primeiro-ministro italiano eleito e ainda não empossado, Romano Prodi, sofreu ontem o primeiro revés ao ver o seu candidato à presidência do Senado, Câmara Alta do Parlamento, Franco Marini enfrentar três votações – a última das quais decorreu noite dentro – para saber se vencia ou não o rival, o octogenário Giulio Andreotti.

29 de abril de 2006 às 00:00
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Também para a presidência da Câmara Baixa, o candidato da União, Fausto Bertinotti também não conseguiu a maioria absoluta na primeira votação, que será repetida hoje.

Na primeira votação Marini obteve 157 votos, menos cinco do que os requeridos para a vitória, e na segunda obteve maioria absoluta, mas políticos de centro-direita denunciaram irregularidades, nomeadamente incorrecção no nome de um dos candidatos, e forçaram a repetição do voto.

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A dificuldade da eleição sublinhou os problemas que Prodi terá em governar com uma maioria de apenas dois assentos no Senado. Um dos beneficiários desta instabilidade é o primeiro-ministro cessante, Silvio Berlusconi, que mantém a recusa de conceder a derrota nas legislativas de 9 e 10 de Abril.

No que pode ser um último gesto de poder, Berlusconi convocou para 25 e 26 de Junho um referendo que põe na balança um projecto federalista. Os italianos vão decidir se o primeiro-ministro deverá ter poderes reforçados e se os governos regionais deverão ter mais competências. Prodi já anunciou que fará campanha pelo ‘não’.

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