Elon Musk espera que Estados Unidos e Europa eliminem as tarifas no futuro

O empresário Elon Musk manifestou este sábado a esperança de que os Estados Unidos e a Europa possam estabelecer uma aliança comercial mais estreita com "tarifas zero" no futuro, num discurso num evento do partido italiano de extrema-direita Liga.

"Espero que os Estados Unidos e a Europa possam estabelecer uma parceria muito próxima. Obviamente, já existe uma aliança, mas tenho esperança de que seja muito forte", disse o braço direito do presidente Donald Trump, responsável pelo corte da despesa pública na sua administração, através de videoconferência, citado pela agência Efe.

Os comentários foram feitos três dias depois de Trump ter imposto tarifas sobre as importações de todo o mundo e 20% sobre as provenientes da União Europeia (UE), desencadeando uma 'guerra' comercial.

Sobre as tarifas, o dono da Tesla e da rede social X previu que os Estados Unidos e a Europa "poderiam chegar a uma situação de tarifas zero".

"Espero que haja um acordo de que tanto a Europa como os Estados Unidos devem avançar, idealmente na minha opinião, para uma situação de tarifa zero, criando efetivamente uma zona de comércio livre. Essa seria a minha esperança, o que espero que aconteça", disse.

Musk propôs ainda permitir "maior liberdade" de circulação entre europeus e norte-americanos "para trabalhar" em ambas as regiões.

"Além disso, mais liberdade para as pessoas se deslocarem entre a Europa e a América do Norte, se quiserem. Se quiserem trabalhar na Europa ou quiserem trabalhar na América, devem poder fazê-lo, na minha opinião", disse.

"Esse foi certamente o meu conselho ao presidente", concluiu.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na quarta-feira a imposição de "tarifas recíprocas" sobre importações, incluindo de 25 por cento sobre todos os automóveis estrangeiros.

A imposição de novas tarifas está a gerar ondas de choque na economia global, enquanto parceiros e adversários comerciais prepararam resposta perante as incertezas da guerra comercial.

Donald Trump alegou que a estratégia é proteger a indústria norte-americana e corrigir desequilíbrios comerciais, cumprindo promessas eleitorais.