Espanha analisa 756 milhões de dados sobre apagão

Pedro Sánchez promete transparência mas diz que processo ainda vai demorar alguns meses.

08 de maio de 2025 às 01:30
Primeiro-ministro espanhol no Parlamento Foto: J.J. Guillen/Lusa_EPA
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O presidente do governo espanhol diz que até ao momento "não há evidências empíricas" que confirmem que o apagão de dia 28 de abril, que lançou o caos em Portugal e Espanha, "foi causado por um excesso de energia renovável ou por falta de energia nuclear", lamentando que o incidente se tenha transformado num debate ideológico. “Isto não se trata de renováveis ou nucleares. Vincular este apagão ao debate das nucleares não é só irresponsável, mas também uma manipulação gigantesca”, afirmou.

“Reduzir o assunto a renováveis/nuclear é uma manipulação gigante”, diz Sánchez

Perante o parlamento, Pedro Sánchez prometeu transparência. Disse que irá revelar "tudo o que se descubra" mas admitiu que vai demorar perceber o que aconteceu porque há 756 milhões de dados registados em 4.200 unidades do sistema elétrico espanhol durante o apagão e que terão de ser analisados.

O governante espanhol garantiu ainda que Espanha tem “um dos sistemas elétricos mais seguros do mundo”.

Entretanto, os eurodeputados portugueses eleitos pelo PSD e CDS questionaram esta quarta-feira a Comissão Europeia sobre o estado atual dos projetos de interconexão energética transfronteiriça, nomeadamente sobre os resultados e a frequência das reuniões com o Grupo de Alto Nível para as Interconexões do Sudoeste da Europa.

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Os eurodeputados questionaram ainda a Comissão sobre as investigações em curso ao apagão da semana passada e as medidas para assegurar a "transparência" do processo de averiguação, bem como quais a medidas que poderão ser tomadas para evitar incidentes semelhantes no futuro.

Querem ainda saber que “planos específicos estão a ser levados a cabo pela Comissão para modernizar a rede de energia para as fontes de energia renováveis, como é que estas atualizações se alinham com o objetivo de 15% de interligação até 2030 e que impacto terão na autonomia e resiliência energética da UE".

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