Espanha reafirma "firme" compromisso com a proteção dos jornalistas e a liberdade de imprensa
País defende que sem jornalistas livres e que trabalhem sem medo de represálias "não há transparência e não há democracia autêntica".
O Governo espanhol reafirmou este domingo o seu "firme" compromisso com a proteção dos jornalistas e com a imprensa livre como pilar essencial da democracia e do Estado de direito.
No dia em que se assinala o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, Espanha lembra que sem jornalistas livres e que trabalhem sem medo de represálias, e sem acesso a informações verdadeiras e fiáveis, "não há transparência e não há democracia autêntica".
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação espanhol refere que apoia os mecanismos internacionais e europeus de proteção da liberdade de imprensa, a defesa da independência editorial e o sigilo das fontes, bem como "a responsabilização daqueles que atacam e cometem crimes contra jornalistas".
Além disso, o executivo liderado por Pedro Sánchez manifesta o seu apoio "àqueles que informam a partir de zonas de conflito ou sob pressão".
Um total de 153 jornalistas e profissionais da comunicação social foram assassinados em todo o mundo este ano, um número que "nunca foi tão alto em dez meses", denunciou a Campanha Emblema de Imprensa (PEC), que destacou que dois terços das mortes ocorreram em conflitos armados.
A Faixa de Gaza tem sido especialmente perigosa para os profissionais da informação, com 57 jornalistas assassinados em 2025. Seguem-se a guerra na Ucrânia e o Iémen, mergulhado numa guerra civil desde 2015, com outros onze repórteres mortos em cada país.
Também a missão da União Europeia para o Iémen condenou este domingo a violência contra jornalistas e exigiu a libertação de todos os profissionais que os rebeldes hutis mantêm detidos há vários meses.
"Os profissionais da comunicação social continuam a enfrentar graves riscos por exercerem o seu trabalho no Iémen", lamentou a missão da União Europeia numa mensagem publicada na rede X.
"Condenamos todas as violações contra jornalistas e exigimos a sua proteção permanente", acrescentou, antes de exigir a libertação imediata de todos os repórteres detidos.
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