Esquerda Republicana da Catalunha ameaça chumbar decreto contra a crise

Partido exige consequências no caso da vigilância ilegal a líderes separatistas.

27 de abril de 2022 às 08:44
Pere Aragonès, Catalunha, Espanha Foto: EPA/J.J.GUILLEN
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O partido separatista Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) ameaçou chumbar o decreto do Governo de Pedro Sánchez com as medidas de emergência contra o impacto económico da guerra na Ucrânia. O diploma será votado esta quinta-feira no Parlamento e pode ser travado por causa do escândalo da espionagem aos líderes pró-independência, que o Governo não explicou ainda.

Se outras forças independentistas estão inclinadas para um compromisso, esquecendo mesmo a espionagem, a ERC sublinha que o uso do software espião Pegasus é inaceitável. Por isso exige consequências severas para a ministra da Defesa, Margarita Robles. “Quando se espia, não deve haver só uma demissão, tem de se ir para a cadeia. Se sabia, deve demitir-se, e se não sabia tem de dar explicações”, afirmou Gabriel Rufián, porta-voz parlamentar da ERC, concluindo: “Não se deve deixar passar nem mais um minuto, pois cada silêncio afeta a democracia deste país.”

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O presidente catalão, Pere Aragonès, anunciou, por seu lado, a redução ao mínimo indispensável das relações políticas com o Governo espanhol.

O plano de emergência de Sánchez contém, entre outras coisas, uma descida dos impostos da eletricidade e a bonificação de 20 cêntimos por litro nos combustíveis. Ao todo, diz o Governo, o plano envolve seis mil milhões de euros em ajudas diretas e redução fiscal e outros dez mil milhões de euros de créditos do Instituto de Crédito Oficial (ICO).

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