Acompanhe em direto o julgamento de Dilma Rousseff

Presidente suspensa atacou esta segunda-feira Michel Temer e denunciou conspiração.

Dilma Rousseff, Senado, Michel Temer, política, eleições Foto: Cadugome/EPA
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A presidente brasileira Dilma Rousseff, afastada do cargo em maio, usou esta segunda-feira a tática do ataque para fazer a própria defesa no julgamento que decorre no Senado, repetindo que o processo contra si é um golpe de Estado e chamando "usurpador" ao presidente interino, Michel Temer.

"Estamos a um passo da concretização de um verdadeiro golpe de Estado. Um golpe que, se consumado, resultará na eleição de um governo indireto e usurpador. Um governo que não tem mulheres no comando dos seus ministérios, quando o povo, nas urnas, escolheu uma mulher para comandar o país", afirmou Dilma no seu discurso. Depois, ao responder às perguntas dos senadores, repetiu incessantemente a palavra "golpe", que tanto irrita os defensores da sua destituição.

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Dilma evocou ainda o tempo que passou na clandestinidade e o cancro que venceu para dizer que "nunca desiste de uma luta". Reafirmou ser inocente de todas as acusações e disse ser vítima de uma injustiça igual à que sofreu ao ser presa e torturada pelo regime militar, mas garantiu que, tal como nessa altura, mantém a cabeça erguida.

O julgamento chega hoje ao fim com o último debate entre apoiantes e opositores da destituição, seguindo-se a votação sobre o afastamento definitivo de Dilma, prevista para a próxima madrugada.

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