EUA preparam execução de homem autista condenado por morte da filha bebé apesar de provas poderem revelar inocência
Defesa garante que Robert não cometeu qualquer crime e que foi acusado injustamente por ser "estranho".
O estado norte-americano do Texas prepara-se para executar um homem autista condenado pela morte da filha de dois anos, há mais de duas décadas.
Robert Roberson poderá ser a primeira pessoa a receber pena capital pela acusação de morte pelo síndrome do bebé abanado, apesar de novas provas revelarem que a bebé pode não ter morrido por esta razão.
A defesa acusa os médicos e investigadores de se basearem no comportamento "estranho" de Robert para assumir que este seria capaz de matar a filha.
Nikki, a filha de Robert Roberson, morreu em 2002, depois de ter sido levada para o hospital, com nódoas negras e ferimentos na cabeça. Os médicos e enfermeiros levantaram de imediato a suspeita de maus tratos.
A defesa de Roberson insiste que não foi cometido qualquer crime e apresentaram provas e testemunhos de peritos, que demonstravam que Nikki morreu na sequência de uma pneumonia e de um medicamento prescrito que tinha tomado.
Críticas
"Não foi um crime cometido. Fui falsamente e injustamente condenado. Disseram que era um crime. É um crime ter uma menina doente?", disse Roberson à CNN.
Execução marcada
Com a data de execução marcada para quinta-feira, os advogados de Roberson e os seus apoiantes apelaram ao Conselho de Perdões e Peculiaridades do estado para recomendar clemência e revisão da sentença.
A maioria dos membros da Câmara do Texas, dominada pelos republicanos, também apelou à suspensão da execução.
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