EUA proíbem entrada de ex-comissário europeu Thierry Breton no país

Além de Breton, mais quatro personalidades europeias estão impedidas de entrar nos EUA. São acusadas de promover censura de conteúdo norte-americano nas redes sociais

24 de dezembro de 2025 às 11:55
Thierry Breton, antigo comissário da UE Foto: Direitos Reservados
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O Departamento de Estado dos EUA proibiu, na terça-feira, a concessão de vistos e consequente entrada nos Estados Unidos a cinco personalidades europeias, entre as quais Thierry Breton, antigo comissário europeu. São acusados de pressionar empresas de tecnologia a censurar ou apagar pontos de vista americanos nas redes sociais.

"Estes ativistas radicais e ONGs avançaram com ações de censura por parte de Estados estrangeiros - em cada caso visando oradores americanos e empresas americanas", afirmou o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio.

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Nos últimos meses, funcionários do governo Trump ordenaram que diplomatas americanos contrariassem a histórica Lei de Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês) da União Europeia, que visa combater discursos de ódio, desinformação e notícias falsas, mas que Washington afirma sufocar a liberdade de expressão e impor custos às empresas de tecnologia americanas.

Na noite de terça-feira, Thierry Breton publicou o seguinte comentário nas redes sociais: "A caça às bruxas de McCarthy está de volta?"

A medida anunciada na terça-feira faz parte de uma campanha do governo Trump contra a influência estrangeira na liberdade de expressão 'online', utilizando a lei de imigração em vez de regulamentações de plataformas ou sanções. De acordo com a Lei de Imigração e Nacionalidade, os indivíduos visados ??serão geralmente impedidos de entrar nos EUA, e alguns poderão enfrentar processos de deportação caso já estejam no país.

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Os cinco cidadãos europeus em causa são: Imran Ahmed, diretor executivo do Centro de Combate ao Ódio Digital; Josephine Ballon e Anna-Lena von Hodenberg, líderes da HateAid, uma organização alemã; Clare Melford, que dirige o Índice Global de Desinformação; e o ex-comissário da UE, Thierry Breton.

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