França: Sarkozy irredutível com nuclear
O governo francês insiste que o nuclear é uma opção "irredutível", mas a maioria dos franceses deseja uma mudança para outras energias e o tema entrou no debate eleitoral.<br/>
Após o acidente de Fukushima (Japão) e o anúncio pela Alemanha do encerramento a prazo das suas centrais nucleares, a questão da energia nuclear entrou no centro do debate político em França e poderá ser um dos temas centrais das presidenciais de 2012.
A questão ameaça mesmo ser um entrave à aliança entre ecologistas e socialistas na corrida para o Eliseu, como ficou claro este fim-de-semana nas declarações de uma das referências dos Verdes-Europa Ecologia, Daniel Cohn-Bendit.
Pelo contrário, à direita não se coloca a hipótese de seguir o exemplo alemão. "Eu sou pela França totalmente desfavorável [a uma saída do nuclear]", declarou o líder parlamentar da maioria da União para um Movimento Popular (UMP), Jean-François Copé.
"Peço-vos, a vós franceses, para sermos muito vigilantes ao nível europeu. O nuclear é um elemento maior do poder industrial da França", considerou.
Quanto à Presidência da República, Nicolas Sarkozy reafirma que "a política nuclear é irredutível mas que também há um esforço nas energias renováveis".
O Eliseu sublinha que a opção pelo nuclear é tão segura como as centrais francesas e que "o problema no Japão não foi a segurança de uma central mas um tsunami", pelo que "o que está em causa é a localização das centrais".
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