Furacão Irma fez três mortos em Porto Rico e segue para a República Dominicana
Ventos de 300 km/h e chuvas torrenciais têm deixado rasto de destruição.
Pelo menos três pessoas morreram à passagem do furacão Irma por Porto Rico, elevando para nove o número total de vítimas nas Caraíbas, com quatro em Saint-Martin, uma em Barbuda e outra em Anguilla.
O governador da ilha de Porto Rico, Ricardo Rosselló, indicou também que o furacão causou a queda de árvores e postes elétricos e advertiu que, embora o Centro Nacional de Furacões tenha suspendido o alerta de furacão, as chuvas ainda podem provocar inundações e situações de perigo.
Segundo Rosselló, mais de um milhão de pessoas (cerca de 69% do habitantes) na ilha caribenha pertencente aos Estados Unidos não têm eletricidade e mais de 220.000 ficaram sem água.
Esta quinta e sexta-feira, não haverá aulas nas escolas e os funcionários públicos não irão trabalhar.
Furacão dirige-se à República Dominicana
De acordo com o último boletim do Centro de Furacões, "olho do Irma deixou Porto Rico na manhã desta quinta-feira, ameaçando agora a República Dominicana. Passará junto às ilhas Turcas e Caicos e no sudeste das Bahamas à noite".
O olho do furacão está a 410 quilómetros este-sudeste da ilha Turca e avança a uma velocidade de 26 quilómetros por hora em direção oeste-noroeste, um movimento que os meteorologistas preveem se mantenha nas próximas 48 horas.
O Centro lembra que três furacões estão a progredir em simultâneo no Oceano Atlântico, depois das tempestades José e Katia passarem a esta categoria, juntando-se assim ao Irma.
Segundo o Centro, o furacão José "segue intensificando-se" no Atlântico com ventos de 140 quilómetros por hora e na direção oeste.
Este furacão, de categoria 1, está a 1.485 quilómetros das Antilhas Pequenas e não representa para já uma ameaça. Contudo, espera-se que venha a ganhar força nas próximas 48 horas.
Por fim, o furacão Katia está "à deriva" no sudoeste do Golfo do México.
Também de categoria 1, o olho do Katia está a 335 quilómetros a este de Tampico e 310 quilómetros a norte-noroeste de Veracruz, no México.
O Katia está a avançar a uma velocidade de quatro quilómetros por hora em direção este sudeste e com ventos máximos até 130 quilómetros por hora.
Também no caso deste furacão, o Centro prevê que venha a fortalecer-se nas próximas 48 horas e se aproxime da costa mexicana.
O furacão Irma causou até ao momento pelo menos oito mortos e 23 feridos na parte francesa da ilha de Saint-Martin, nas Antilhas Pequenas, segundo as equipas de emergência francesas.
O Irma atingiu as Caraíbas, deixando a ilha de Barbuda "totalmente devastada" e 95% da parte francesa de Saint-Martin, nas Antilhas Pequenas, destruída, segundo informações oficiais divulgadas na noite de quarta-feira.
Também nas Caraíbas, a parte francesa da ilha franco-holandesa Saint-Martin ficou "95% destruída" com a passagem do Irma, disse na quarta-feira à noite o presidente do conselho territorial local, Daniel Gibbs.
Entretanto, Cuba iniciou a retirada de mais de 36 mil turistas estrangeiros atualmente de férias na costa norte oriental e central, a mais ameaçada pelo furacão Irma, que se deve começar a sentir na ilha na sexta-feira, seguindo depois para o estado norte-americano da Florida.
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