Gabinete de Direitos Humanos da ONU reclama investigações exaustivas em Angola

O porta-voz do Gabinete, Thameen Al-Kheetan, nota que, "de acordo com relatórios oficiais, mais de 1.000 pessoas foram detidas" durante os protesto

31 de julho de 2025 às 17:02
Protestos deixaram rasto de destruição em vários bairros de Luanda Foto: Lusa
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O Gabinete dos Direitos Humanos da ONU reclamou esta quinta-feira às autoridades angolanas "investigações rápidas, exaustivas e independentes sobre as mortes de pelo menos 22 pessoas, bem como sobre as violações dos direitos humanos associadas" durante os protestos em Luanda.

Numa declaração divulgada esta quinta à tarde, o porta-voz do Gabinete, Thameen Al-Kheetan, nota que, "de acordo com relatórios oficiais, mais de 1.000 pessoas foram detidas" durante os protestos verificados esta semana na capital angolana, acrescentando que "imagens não verificadas sugerem que as forças de segurança utilizaram munições reais e gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, o que aponta para um uso desnecessário e desproporcional da força".

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Reconhecendo que "alguns dos manifestantes recorreram à violência e que vários indivíduos terão aproveitado a agitação para cometer atos criminosos, incluindo saques a lojas, bem como vandalismo de propriedade em vários locais da capital, Luanda", Al-Kheetan apela às autoridades angolanas "para que se abstenham de recorrer ao uso desnecessário ou desproporcional da força para manter a ordem pública e garantam o pleno gozo dos direitos à vida, à liberdade de expressão, à reunião pacífica e à associação".

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