Georgia abalada por escândalo sexual
Ex-ministro acusado de divulgar vídeos sexuais de políticos.
"Eu tive, tenho e terei uma vida sexual rica". A frase é do presidente da República da Geórgia, Giorgi Margvelashvili e espelha bem o desnorte que se vive na classe política do país, depois de ter rebentado um escândalo sexual que envolve a divulgação de vídeos de políticos a terem sexo extraconjugal. O presidente procura serenar os ânimos, defendendo que também os políticos têm direito a ter sexo, sem que isso seja condenável.
No epicentro do escândalo está o ex-ministro do interior, Zurab Jamalashvili e o advogado Irakli Pkhaladze. São suspeitos serem os autores da divulgação no Youtube de um vídeo que mostra uma deputada da oposição a ter sexo com um parceiro que não é o marido. Pouco depois foi divulgada a ameaça de que seriam lançados mais quatro vídeos sexuais com dois políticos da coligação no poder, um outro da oposição e uma jornalista. Ambos os suspeitos negam as acusações.
Uma das visadas é Inga Grigolia, conhecida apresentadora da televisão pública. Esta já reagiu à ameaça: "Tenho um amante maravilhoso, faço sexo e planeio continuar a viver como vivo", disse na televisão. "Farei tudo para assegurar que quem filmou e divulgou o vídeo passará o resto da vida na prisão", cita o site Eurasia.net.
Governo e oposição trocam acusações, mas o problema não é novo no país. Em 2013, a justiça destruiu 180 horas de gravações de vídeos sexuais que envolviam políticos, mas as imagens continuam a reaparecer frequentemente na Internet.
O presente escândalo chegou a levar à suspensão do Youtube no país durante várias horas, na última segunda-feira. O Presidente considera a situação uma "chantagem intolerável sobre a sociedade" e pede a atuação da justiça.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt