Governo Bolsonaro vai ter uma secretária especial para fomentar e facilitar privatizações
Nova secretaria especial de privatizações ficará inicialmente subordinada directamente a Paulo Guedes.
Paulo Guedes, o futuro superministro da Economia no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, anunciou esta terça-feira a criação de uma secretaria de Estado para fomentar e facilitar a venda de empresas públicas. Levar a cabo uma grande vaga de privatizações foi uma das bandeiras de Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
Guedes, um defensor ferrenho das privatizações, quer vender todos os ativos brasileiros possíveis para reduzir drasticamente a dívida pública do Brasil e conseguir dinheiro para investimentos. O economista, que Bolsonaro tem repetido ter carta branca total para comandar a Economia, estima que a venda de empresas públicas e outros órgãos controlados pelo governo possa render a astronómica cifra de 1 trilião de reais, aproximadamente 232 mil milhões de euros.
Bolsonaro apoia essa proposta de privatizar o mais possível, mas, mais cauteloso do que Guedes, tem afirmado que tudo tem de ser feito com responsabilidade e limites. O presidente eleito já deixou claro que certas empresas consideradas estratégicas não serão privatizadas, como a Central Elétrica de Furnas, mega-geradora de energia controlada pelo governo, e a Petrobrás, embora segunda-feira tenha declarado que partes da petrolífera consideradas não essenciais poderão passar para a iniciativa privada.
A nova secretaria especial de privatizações ficará inicialmente subordinada diretamente a Paulo Guedes. O órgão terá a finalidade de desburocratizar e facilitar o processo de privatização, prospetar os melhores negócios e, ao mesmo tempo, acautelar os interesses brasileiros nessas transacções.
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