Governo da Catalunha pede a Madrid que "deixe em paz" polícia regional

Sublinhando que a prioridade é "velar pela segurança das pessoas" e não "retirar urnas".

12 de setembro de 2017 às 11:04
Carles Puigdemont Foto: Getty Images
Carles Puigdemont Foto: Getty Images
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O presidente do Governo da Catalunha, Carles Puigdemont, pediu hoje às autoridades de Madrid para "deixarem em paz" a polícia regional, sublinhando que a sua prioridade é "velar pela segurança das pessoas" e não "retirar urnas".

A pouco mais de três semanas da realização de um referendo autonomista na Catalunha, considerado ilegal pelo Governo espanhol, o Ministério Público desta Comunidade Autónoma convocou os responsáveis máximos pelos vários corpos policiais da região - Guardía Civil, Polícia Nacional e Mossos d'Esquadra (polícia regional) - para investigarem os preparativos da eventual consulta popular.

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Em declarações a uma estação de rádio regional (RAC 1), Carles Puigdemont advertiu o Ministério Público que os Mossos d'Esquadra "têm como função principal garantir a segurança das pessoas", não ir à procura das "mais de 6.000 urnas distribuídas pelo território".

Se os Mossos receberem uma ordem judicial para retirar urnas, "farão o que devem fazer", que é "defender os direitos do povo e velar pela segurança das pessoas", garantiu Puigdemont.

Puigdemont assegurou que que em 1 de outubro próximo haverá um referendo sobre a independência da Catalunha.

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O Tribunal Constitucional espanhol suspendeu na semana passada, como medida cautelar, todas as leis regionais aprovadas pelo Parlamento e pelo Governo da Catalunha que dão cobertura legal ao referendo de 1 de outubro.

Os partidos separatistas têm uma maioria de deputados no parlamento regional da Catalunha desde setembro de 2015, o que lhes deu a força necessária, em 2016, para declararem que iriam organizar este ano um referendo sobre a independência, mesmo sem o acordo de Madrid.

O conflito entre Madrid e a região mais rica de Espanha, com um PIB superior ao de Portugal, cerca de 7,5 milhões de habitantes, um terço da área de Portugal, uma língua e culturas próprias, arrasta-se há várias décadas.

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