Governo de Moçambique já recebeu base de dados de desmobilizados da Renamo para fixação de pensões

Reintegração dos guerrilheiros começou em 2019 com entrega de armas.

26 de julho de 2023 às 10:28
Renamo Foto: Reuters/Grant Lee Neuenburg
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O Governo moçambicano recebeu na segunda-feira a base de dados dos antigos guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), passo necessário para a fixação das pensões, ao abrigo do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR), foi esta quarta-feira anunciado.

Um comunicado disponibilizado pelo Governo após a realização, na terça-feira, da 26.ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, refere que a base de dados contendo os elementos necessários para a preparação e fixação das pensões, "nos termos dos acordos firmados", foi recebida na segunda-feira.

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O processo de DDR, iniciado em 2018, abrange 5.221 antigos guerrilheiros da Renamo, maior partido da oposição moçambicana, dos quais 257 mulheres, terminou em junho último, com o encerramento da base de Vunduzi, a última da Renamo, localizada no distrito de Gorongosa, província central de Sofala.

Aquela base fechou 30 anos e oito meses depois do fim da guerra civil moçambicana e cerimónia representou o final do processo de desmobilização dos guerrilheiros que permaneciam nas bases em zonas remotas e que começaram a entregar as armas em 2019.

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Segue-se a fase de reintegração, que inclui o início do pagamento de pensões aos desmobilizados.

O encerramento da última base faz parte do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado entre o Governo, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e a Renamo em agosto de 2019, o terceiro assinado entre as partes, tendo sido os dois primeiros violados e resultado em confrontação armada, na sequência da contestação dos resultados eleitorais pelo principal partido da oposição.

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