Gravações provam assassinato de jornalista saudita

Governo turco informou os EUA sobre gravações de áudio e de vídeo que alegadamente mostram que Khashoggi foi morto.

13 de outubro de 2018 às 09:27
Jamal Khashoggi Foto: EPA
Mohammad bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita Foto: Twitter
Responsáveis da Arábia Saudita entram no consulado saudita em Istambul onde, no passado dia 2, um jornalista crítico do regime terá sido assassinado Foto: EPA

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O governo da Turquia comunicou aos EUA que tem gravações de áudio e de vídeo que provam que o jornalista saudita Jamal Khashoggi foi torturado e morto no interior do consulado da Arábia Saudita, em Istambul. A informação foi revelada pelo jornal ‘The Washington Post’, para o qual escrevia o jornalista saudita, desaparecido a 2 de outubro.

"As gravações de voz do interior do consulado revelam o que aconteceu", referiu uma fonte anónima ao jornal, dizendo que as gravações de voz são as mais claras: "Pode ouvir-se como foi interrogado, torturado e depois assassinado".

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O governo turco não admitiu oficialmente possuir gravações do interior da embaixada, pois isso seria revelar como vigia os diplomatas estrangeiros. Mas o conteúdo das gravações terá sido comunicado aos EUA, que apoiam a Turquia na exigência de esclarecimento do caso.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, reiterou esta sexta-feira o desafio à Arábia Saudita para que prove a sua versão dos factos, segundo a qual Khashoggi deixou o edifício "após alguns minutos ou uma hora". Erdogan diz que, nesse caso, os sauditas devem mostrar as imagens do momento da saída.

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Ao jornal ‘Hurriyet’, disse mesmo: "Se um pássaro voasse, ou um mosquito aparecesse, os sistemas captavam isso; eles [os sauditas] têm os sistemas mais avançados".

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