Grécia: Resgate depende de privatizações e medidas de austeridade

Ministro das Finanças finlandês revela "condicionalidades" que a Grécia tem de levar a cabo.

12 de julho de 2015 às 17:20
Alexander Stubb, ministro, Finanças, Finlândia, Foto: Olivier Hoslet/EPA
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A aprovação de medidas de austeridade e mais privatizações estão entre as condições acordadas pelos ministros das Finanças da zona euro para a reabertura de negociações para um terceiro resgate à Grécia.

À saída do Eurogrupo, o ministro finlandês das Finanças, Alexander Stubb, afirmou que foram acordadas as "condicionalidades" que a Grécia tem de levar a cabo para ter acesso a um novo pacote de ajuda financeira.

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Isso passa, desde logo, por aprovar até 15 de julho, esta quarta-feira, legislação que execute as medidas de austeridade propostas aos credores, em troca de um empréstimo. Tal passará por legislação referente à subida do IVA, reforma das pensões, legislação laboral, entre outras.

Fundo de privatizações

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Entre as outras condições que o Eurogrupo definiu, Stubb falou em "privatizações". Passou, assim, para a cimeira da zona euro a proposta de criar um fundo com 50 mil milhões de euros em bens públicos, que poderá ficar sob administração europeia, que seriam usados para reembolsar parte da dívida do país.

Se os gregos aceitarem as condições propostas, a zona euro dará 'luz verde' à abertura de negociações entre Atenas e os credores para um terceiro resgate, que poderá ir a cerca de 80 mil milhões de euros, sendo que uma parte significativa será para o sistema bancário do país.

Também à saída do Eurogrupo, o ministro das Finanças da Bélgica, Van Overtveldt, afirmou que os ministros acordaram "90%" e que agora os restantes 10% cabem aos chefes de Estado e de Governo dos 19 países da zona euro, reunidos na cimeira de emergência que começou pelas 16h15 locais (15h15 de Lisboa), logo a seguir ao fim do Eurogrupo.

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Por seu lado, o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, escreveu na rede social Twitter que foram feitos "progressos" no Eurogrupo, mas que há "ainda alguma divergência". "Os líderes da zona euro têm de encontrar os termos finais", afirmou.

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