Terroristas queriam atacar centrais nucleares

Khalid e Ibrahim El Bakraoui, os bombistas suicidas que se fizeram explodir no aeroporto e no metro de Bruxelas, estavam a planear ataques às centrais nucleares belgas. A informação é avançada pelo jornal Dernier Heure. Porém, a detenção de Salah Abdeslam terá feito acelerar os planos dos terroristas.

Buscas por segundo suspeito de explosão no metro

As autoridades belgas estão a procurar um segundo suspeito de cumplicidade na explosão do metro de Maelbeek, em Bruxelas, na terça-feira, estando já confirmada a atuação de um bombista suicida no atentado, noticia a AFP.

A polícia belga está agora à procura de um homem que aparece em imagens captadas por videovigilância na estação de Maelbeek ao lado do bombista suicida Khalid El Bakraui, confirmaram as autoridades à agência de notícias francesa.

Um homem transportando um grande saco foi visto ao lado do terrorista e a falar com ele, mas não entrou na carruagem onde o bombista se fez explodir, causando a morte a cerca de 20 pessoas.

Retrato-robô do segundo suspeito

Acompanhe ao minuto o terror na Bélgica

Ambos os irmãos terroristas já tinham cadastro

Depois de ontem o presidente turco ter anunciado que Ibrahim El Bakraoui, de 29 anos, tinha sido detido na Turquia e enviado para a Bélgica com a indicação de que se tratava de um terrorista, soube-se hoje que o seu irmão, Khalid, estava em liberdade condicional.

O jornal belga De Morgen diz que o procurador federal confirma que Khalid tinha sido detido por delitos menores e estava em liberdade condicional. O terrorista foi, inclusivamente, detetado pela polícia numa operação de trânsito, por ter o carro mal estacionado numa rua de um só sentido. Apesar de os termos da liberdade condicional proibirem que frequentasse a zona onde foi multado, acabou por ser solto pelo tribunal de execução de penas.

Khalid, de 27 anos, cumpriu as restantes condições da liberdade condicional: apresentar-se a um oficial de justiça e procurar trabalho. Cumpriu as condições até Novembro, quando aconteceram os ataques de Paris. Em dezembro, o procurador federal belga emitiu um mandado de captura e o nome de Khalid passou a constar da lista de criminosos procurados pela Interpol.