Imagens mostram casal de idosos a tentar travar atirador antes do ataque em Sydney
Boris Gurman, de 69 anos, e a mulher Sofia, de 61, foram identificados como as duas primeiras vítimas mortais do ataque na praia de Bondi.
Um casal morto no tiroteio na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, no domingo, tentou travar um dos atiradores antes do início do ataque - um deles chegou mesmo a agarrar na arma enquanto lutava com o atacante -, como mostram novas imagens divulgadas esta terça-feira.
Numa atitude corajosa, Boris Gurman, de 69 anos, e sua mulher Sofia, de 61, tentaram impedir que outras pessoas fossem baleadas. As imagens mostram Boris a lutar com um dos atiradores. O casal foi identificado como as duas primeiras vítimas mortais do ataque, segundo o jornal Sydney Morning Herald.
O canal 9News informou que o confronto ocorreu antes do início do ataque em Bondi. A CNN internacional verificou que ocorreu a cerca de 25 metros da ponte de onde os suspeitos foram filmados a disparar.
"Um senhor idoso à beira da estrada não fugiu. Em vez disso, avançou na direção do atirador, usando toda a sua força para o tentar desarmar e lutou até a morte", disse uma testemunha à agência Reuters.
Um vídeo filmado através de um drone, posterior ao ataque, mostra um homem e uma mulher já mortos ao lado de carros perto da ponte onde os homens armados foram detidos pela polícia que se julga serem de Boris Gurman e a mulher Sofia.
“Embora nada possa diminuir a dor da perda de Boris e Sofia, sentimos um enorme orgulho na sua bravura e altruísmo”, pode ler-se num comunicado emitido pela família.
"Boris era um mecânico reformado, conhecido pela sua generosidade e disposição para ajudar quem precisasse. A Sofia trabalhava nos correios da Austrália e era muito querida pelos seus colegas e pela comunidade. Eles eram o coração da nossa família, e a sua ausência deixou um vazio imensurável", podia ainda ler-se no comunicado.
Dois homens, pai e filho, dispararam no domingo contra uma multidão que celebrava o Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney, no que a polícia australiana descreveu como um "ato terrorista" contra a comunidade judaica.
15 pessoas morreram, incluindo um dos dois atacantes, e registaram-se 42 feridos.
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