Indonésia adia fuzilamento de brasileiro

O governo da Indonésia decidiu adiar o fuzilamento de um brasileiro condenado à morte no país por tráfico de droga, um crime gravíssimo naquela nação asiática, e cuja execução poderia acontecer a qualquer momento. A informação foi avançada pelo embaixador do Brasil em Jacarta, a capital indonésia, Paulo Soares, depois de se reunir com autoridades locais.<br/>

11 de julho de 2012 às 23:12
tráfico, droga, brasileiro, indonésia, fuzilamento, morte, dilma rousseff Foto: Reuters
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O adiamento da execução de Marco Archer Cardoso Moreira, de 50 anos, ocorreu depois de um apelo do mesmo à presidente brasileira, Dilma Rousseff, e da intercessão dela junto do presidente da Indonésia, Suzilo Bambanj.

Marco, através de familiares, fez um apelo dramático a Dilma, “peço à presidente que me salve”, ao qual a chefe de Estado atendeu por razões humanitárias. Além da intervenção pessoal de Dilma junto a Bambanj, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, António Patriota, e o embaixador Paulo Soares também intercederam por Marco noutras instâncias do governo de Jacarta.

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A acção brasileira foi precipitada nos últimos dias pela declaração do promotor de justiça da Indonésia responsável pelo caso. O governo brasileiro não tem esperança de que Marco, preso numa penitenciária de Cilacap, a oito horas de comboio de Jacarta, seja libertado, mas tenta comutar a pena de morte em prisão perpétua.

O brasileiro foi preso há nove anos ao tentar entrar na Indonésia com 13,4 kg de cocaína, uma das maiores apreensões individuais já feitas naquele país. Ele contou que tinha aceite traficar a droga para tentar pagar uma dívida milionária a um conceituado hospital do país vizinho, Singapura, onde foi salvo em 1997 depois de ter caído de ultraleve na ilha de Bali. Os cuidados hospitalares custaram uma fortuna e ele, argumentou, estava a ser cada vez mais pressionado para pagar a dívida.

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