Israel ameaça ocupar toda a Faixa de Gaza
População palestiniana "será transferida para sua própria segurança", diz Benjamin Netanyahu
O governo israelita aprovou esta segunda-feira planos para uma nova ofensiva militar “intensiva” com vista à ocupação de toda a Faixa de Gaza.
O plano, que já recebeu ‘luz verde’ do gabinete de segurança, será “gradual e terá a duração de vários meses”. Ao contrário do que tem sucedido até agora, as forças israelitas não irão limitar-se a lançar raides em áreas específicas, retirando-se em seguida. O objetivo da nova ofensiva, para a qual estão a ser mobilizadas dezenas de milhares de reservistas, é assegurar o controlo de todo o território do enclave e “derrotar o Hamas de uma vez por todas”.
O PM Benjamin Netanyahu indicou que será uma operação “intensiva” e que a população palestiniana “será transferida para sua própria proteção”, sem dar mais pormenores. Fonte oficial esclareceu que os civis serão transferidos para a zona de Rafah, no sul do enclave, e que “empresas privadas” ficarão responsáveis pela distribuição de ajuda humanitária.
O governo diz que não se trata de uma ocupação permanente, mas os aliados de extrema-direita do PM israelita apressaram-se a celebrar: “Vamos finalmente conquistar Gaza. Perdemos o medo de usar a palavra ‘ocupação’”, regozijou-se o ultranacionalista ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.
Fonte governamental adiantou, porém, que a visita do presidente norte-americano Donald Trump à região, na próxima semana, poderá abrir uma derradeira “janela de oportunidade” para um acordo de cessar-fogo que evite a necessidade desta escalada.
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