Israel ataca local de distribuição de ajuda da OMS depois de expandir ofensiva

Em causa está um alegado tiroteio que levou as forças israelitas a entrarem nas instalações da organização.

23 de julho de 2025 às 16:12
Ataque israelita a instalações da OMS causa destruição e põe em risco distribuição de ajuda
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A Organização Mundial de Saúde acusou esta segunda-feira Israel de atacar o seu local de distribuição de ajuda humanitária e comida na cidade de Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, depois do exército israelita ter expandido a sua ofensiva no território.

Segundo relata o jornal norte-americano The New York Times, as Forças de Defesa Israelitas (IDF, sigla em inglês) ainda não tinham lançado um ataque significativo à cidade de Deir al-Balah com receio do Hamas estar a manter reféns na região. No entanto, nos últimos dias as mesmas forças têm ordenado residentes a abandonar certas partes da cidade. 

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Segundo um comunicado emitido pela organização, uma residência de funcionários da OMS foi atingida e danificada enquanto as forças israelitas entraram no edifício, algemaram, despiram e revistaram funcionários masculinos e famílias que se abrigavam lá enquanto lhes apontavam com armas. 

Um oficial israelita esclareceu que o ataque apenas foi realizado depois dos funcionários terem sido retirados do local e o exército israelita alega que as suas forças tinham sido alvo de tiros enquanto estavam a operar nas proximidades do edifício, o que fez com que entrassem nas instalações da OMS. Disseram ainda que quaisquer “suspeitos” tinham sido tratados “segundo a lei internacional”. 

Para além dos ataques às instalações da OMS, os bombardeamentos dos tanques israelitas atingiram casas e mesquitas, matando pelo menos três palestinianos e ferindo outros. 

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O exército israelita tem lançado ataques às periferias de Deir al-Balah mas ainda não avançou para o centro da cidade onde se encontram palestinianos deslocados de outras partes de Gaza. 

Na segunda-feira 25 países, incluindo Portugal, emitiram uma declaração a pedir o fim à guerra em Gaza e a condenar os atos do exército israelita que matou centenas de palestinianos que estavam à espera de ajuda humanitária. 

No entanto, Israel rejeitou o apelo afirmando que “todas as declarações devem ser dirigidas à única parte responsável pela ausência de um acordo para a libertação de reféns e de um cessar-fogo: Hamas”. 

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