Israel mata comandantes e ataca instalações nucleares do Irão
Forças israelitas instalaram base de drones e armas de grande precisão às portas da capital iraniana para impedir qualquer hipótese de defesa ou contra-ataque.
O ataque de Israel ao Irão não constituiu uma surpresa. O que não se esperava era uma operação com a dimensão e a precisão da que ocorreu na madrugada de ontem, atingindo sobretudo instalações nucleares, mas também militares, e matando os principais comandantes das Forças Armadas: o general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armada, e o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária Islâmica. A operação foi planeada durante anos pelos serviços secretos (Mossad), em coordenação com as Forças de Defesa de Israel, e tem semelhanças com o ataque ucraniano às bases russas no início do mês, onde destruiu dezenas de aviões de guerra. Objetivo: anular as defesas, impedir o contra-ataque.
Segundo contou um oficial de segurança ao jornal The Times of Israel, foi construída uma base de drones dentro do Irão, perto da capital, Teerão, e instalados sistemas de armas de grande precisão. Os drones atingiram os mísseis terra-terra apontados a Israel, impedindo qualquer capacidade de resposta, ao mesmo tempo que os sistemas de armas de precisão destruíram as defesas antiaéreas iranianas, abrindo caminho aos aviões israelitas. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já avisou que as operações são para continuar, pelo tempo que for necessário, alegando que está em causa a segurança do seu país. Segundo Telavive, o Irão estaria em condições de produzir em breve 15 bombas atómicas. “Temos objetivos para a guerra e continuaremos a operar de acordo com eles até que sejam alcançados”, reforçou o porta-voz do Exército israelita, Effie Defrin. Ontem à tarde, as forças de Telavive voltaram à carga, sendo ouvidas novas explosões na capital iraniana.
O Irão, que considera o ataque uma declaração de guerra, promete “resposta poderosa e legítima” contra “ação estúpida” de Israel, que “fará com que o inimigo se arrependa. Segundo Teerão, morreram no ataque israelita 18 pessoas e 35 ficaram feridas. Entre as vítimas estão mulheres, crianças e pelo menos seis cientistas envolvidos no programa nuclear iraniano. Nas ruas gritou-se “morte a Israel, morte à América”.
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