Itália autoriza ataques de 'drones' na Líbia
Aparelhos não-tripulados estão na base norte-americana de Sigonella.
O Governo italiano concordou esta terça-feira com a utilização, decidida caso a caso, de aparelhos não-tripulados ('drones'), estacionados na base norte-americana de Sigonella, na Sicília, para combater o grupo extremista Daesh na Líbia.
Numa entrevista a ser publicada na quarta-feira no diário Il Messaggero, a ministra da Defesa italiana, Roberta Pinotti, afirmou que os Estados Unidos "deverão pedir [autorização] ao Governo italiano cada vez que pretendam utilizar um meio que saia de Sigonella".
Estes ataques estarão limitados às operações necessárias e "de último recurso" para "a proteção de instalações e pessoal norte-americano e de toda a coligação" na Líbia e "em toda a zona", acrescentou Pinotti.
"Não é uma decisão ligada a uma aceleração relativamente à Líbia", onde vários países ocidentais estão a considerar avançar com uma intervenção armada para travar o avanço do Daesh, insistiu.
Na sexta-feira, aviões de combate norte-americanos bombardearam um campo de treino do Daesh perto de Sabrata, a oeste de Tripoli.
De acordo com o Pentágono, o ataque causou várias dezenas de mortos, incluindo Nureddin Chuchan, descrito como um quadro operacional do Daesh, alegadamente responsável pelo planeamento de dois atentados recentes na Tunísia, no museu do Bardo (22 mortos) e numa praia e hotel perto de Sousse (38 mortos).
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