Jair Bolsonaro deixa cuidados intensivos após 17 dias mas permanece hospitalizado
Especialistas afirmam que o ex-presidente brasileiro está estável e que houve uma melhoria no seu quadro clínico.
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, de 70 anos, deixou esta quarta-feira a UCI (Unidade de Cuidados Intensivos) do Hospital DF Star, em Brasília, onde ficou 17 dias após ter sido submetido a uma delicada cirurgia de 12 horas no passado dia 13 naquele hospital particular. Mas o antigo governante vai permanecer hospitalizado naquela unidade de saúde para continuar a recuperação, sem data estimada para a alta.
No mais recente boletim médico, os especialistas que acompanham Bolsonaro afirmaram que ele está estável, sem dor ou febre, e que houve uma nítida melhoria no seu quadro geral de saúde. Por isso ele saiu dos cuidados intensivos, teve a sonda nasogástrica retirada e começou esta quinta-feira a receber alimentos líquidos reforçados a pouco e pouco com gelatinosos, para se tentar que o seu sistema intestinal recupere gradualmente os movimentos normais.
Bolsonaro foi hospitalizado de urgência em 11 de Abril queixando-se de dores abdominais fortes durante uma viagem para compromissos políticos no estado do Rio Grande do Norte, no Nordeste do Brasil, e transferido no dia seguinte, 12, para Brasília numa UCI aérea. Um dia depois, dia 13, especialistas do Hospital DF Star reforçados por uma equipa do Hospital das Clínicas de São Paulo operaram o ex-chefe de Estado numa delicada cirurgia que lhe desobstruiu uma a uma as várias aderências e obstruções, parciais em uns pontos e totais em outros, do intestino, tendo depois de refazer e reforçar as paredes abdominais, bastante afetadas por essa e outras cinco operações anteriores a que teve de ser submetido desde 2018, quando sofreu um atentado à faca durante a campanha para as presidenciais desse ano, que acabou por vencer.
Na semana passada, Bolsonaro piorou, com o aumento de enzimas no fígado e aumento da pressão, principalmente, neste último caso, após o juiz que o vai julgar por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, Alexandre de Moraes, ter violado a restrição médica a visitas e mandado uma oficial de justiça à UCI para intimar o ex-presidente, que ficou indignado e exaltado. Mas tanto o fígado quanto a pressão foram estabilizados e os médicos decidiram então iniciar uma nova fase da recuperação, que tem incluído fisioterapia e ginástica leve para manter a mobilidade.
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