Jornalista anti-Maduro espancado até à morte na Venezuela
Alí Domínguez, que ia completar 27 anos, foi encontrado inanimado na berma de autoestrada de Caracas.
Um jovem jornalista venezuelano, Alí Domínguez, que ia completar 27 anos, foi espancado brutalmente até à morte em circunstâncias ainda desconhecidas. Alí era chavista e apoiou o falecido presidente Hugo Chávez, mas após a morte deste passou a ser crítico do sucessor, Nicolás Maduro, e a denunciar os abusos do governante, que acabou por se transformar num ditador e levar a antes rica Venezuela ao caos total.
A morte de Alí ocorreu esta quarta-feira num hospital de Caracas, um dia após ele ter sido encontrado gravemente ferido na berma da principal autoestrada da cidade. A patrulha policial que o encontrou levou-o para um hospital público, mas o jovem jornalista não resistiu aos inúmeros ferimentos, nítidamente provocados por um brutal e demorado espancamento.
Desaparecido desde quinta-feira da semana passada, Alí foi encontrado em estado crítico. Apresentava um traumatismo craniano profundo, fracturas nos membros e em outras partes do corpo, e os seus dentes tinham, aparentemente, sido arrancados.
O jovem jornalista começou cedo na política e chegou a ser porta-voz estudantil na principal universidade de Caracas, fundada por Hugo Chávez, que ele admirava e defendia. Mas ele nunca aceitou as práticas de Maduro e denunciava cada vez mais o ditador, tendo nos últimos tempos passado a apoiar acções e manifestações da oposição.
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