Juiz Llarena alvo de querela judicial por parte do Parlamento catalão
Parlamento catalão aprova processo por boicote a Sànchez.
O segundo 'chumbo' do Supremo Tribunal espanhol à investidura de Jordi Sánchez como presidente da Catalunha levou esta sexta-feira o Parlamento catalão a avançar com um processo por prevaricação contra o juiz Pablo Llarena, por impedir Sànchez de sair da prisão para tomar posse. O governo espanhol reagiu, frisando que tal atitude configura um possível delito de "malversação" de fundos públicos, "além de outros delitos".
"Depois não digam que desconheciam as consequências", afirmou o porta-voz do executivo espanhol, Íñigo Méndez de Vigo. A resposta do governo apoia-se no facto de os próprios juristas do Parlamento catalão terem desaconselhado um processo em nome da instituição, pois é duvidoso que seja de interesse público. Acresce que a medida foi aprovada pelo JxCat e a ERC, mas foi chumbada pelo Cidadãos e o PSC. Sendo assim, o Parlamento não devia assumir o processo.
Em alternativa, os juristas sugeriram que fossem os grupos parlamentares, ou o próprio Sànchez, a processar Llarena por "violação de direitos políticos". O presidente do Parlamento, Roger Torrent, apoiou o processo e rejeitou mais consultas legais.
A tensão arrisca precipitar novas eleições, o que acontecerá se até 22 de maio não for empossado um presidente. Este cenário agrada ao ex-presidente catalão Carles Puigdemont e apoiantes próximos, mas tem a oposição da ERC e do próprio PDeCAT, de Puigdemont.
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