Líderes separatistas iniciam campanha na Catalunha
Carles Puigdemont e aliados nacionalistas ignoram ameaças de Madrid.
O governo espanhol anunciou ontem que cortará a luz nos centros de votação no dia do referendo separatista de 1 de outubro e ordenou aos Correios que não entreguem a correspondência com documentos relativos à consulta. Mas a estas novas medidas respondeu o governo autónomo catalão com o início formal da campanha para o referendo.
A presidente da Câmara de Barcelona, Ada Colau, que se tinha demarcado do processo ante as ameaças de procedimento judicial contra políticos e funcionários que cooperem com o referendo, ilegalizado pelos tribunais, anunciou ontem ter chegado a acordo com o governo autónomo catalão de Carles Puigdemont para permitir a votação em Barcelona.
Colau fez o anúncio no Twitter, mas sem adiantar pormenores. Escreveu a autarca que os residentes de Barcelona vão poder votar "sem pôr em risco nem a instituição nem os servidores públicos". Puigdemont confirmou o acordo ao republicar o tweet com a nota: "Boa notícia!".
Numa outra nota, em reação à ameaça de corte de luz, escreveu, no Facebook: "Vão oferecer-nos uma jornada romântica".
O governo espanhol anunciou, entretanto, que controlará a transferência de verbas para a Catalunha, em resposta à decisão catalã de não enviar os relatórios mensais de despesa, para não dar conta dos gastos com o referendo.
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