Luanda vive segundo dia de tumultos e pilhagens
Quatro pessoas morreram e mais de 500 foram detidas durante greve dos taxistas contra a subida dos combustíveis
A capital angolana, Luanda, viveu esta terça-feira um segundo dia de tumultos e pilhagens na sequência da greve dos taxistas contra a subida dos combustíveis.
Apesar de a situação ter estado relativamente mais calma em relação à véspera, há relatos de saques e atos de vandalismo contra supermercados e armazéns nos bairros pobres dos arredores da cidade, bem como de estradas cortadas com pneus a arder. No centro de Luanda, muitas lojas e empresas estiveram fechadas por receio de novos atos de violência.
Um porta-voz da Polícia Nacional informou que quatro pessoas morreram e mais de 500 foram detidas nos tumultos de segunda-feira, que começaram como um protesto dos "candongueiros", os condutores dos populares táxis azuis e brancos que circulam na capital, contra a subida dos combustíveis, mas que rapidamente se transformaram em atos de violência e vandalismo contra o custo de vida e as políticas do governo. A Associação Nacional dos Taxistas de Angola, que tinha convocado uma greve de três dias, desconvocou o protesto e demarcou-se das ações do que classificou como "oportunistas que não representam a classe dos taxistas".
O Consulado-Geral de Portugal em Luanda recomendou "prudência e vigilância" aos cidadãos nacionais, apelando a que permaneçam em casa e evitem deslocações desnecessárias.
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